Apresentação PowerPoint

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sábado, 19 de janeiro de 2008

Fundamentação

Neste trabalho, o conceito fundamental é o de património. Segundo o Dicionário de Ciências Sociais, 2.ª Edição, Fevereiro 1976, a palavra «património» vem do latim “patrimonium”, que significa “bens herdados do pai, da família”. Na linguagem corrente, do senso comum, o património é um conjunto de bens da família, principalmente aqueles que foram recebidos por herança pelos antecedentes.
É, ainda, de referir os vários tipos de património:
  • património natural;
  • património cultural;
  • património tangível (tangível móvel e tangível imóvel);
  • património imaterial

Património natural- entende-se as formações geológicas e fisiográficas, os locais de interesse naturais ou zonas naturais

Património cultural- constituído pelos monumentos e locais de interesse. Este tipo de património subdivide-se em património tangível móvel(objectos arqueológicos, religiosos,livros,documentos,etc.); e tangível imóvel(obas de engenharia, centros industriais,etc.)

Património cultural imaterial- considera-se as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do património cultural.

O património, como referimos anteriormente, não é sinónimo de cultura, embora seja sempre cultural. O conceito de cultura, segundo Anthony Giddens, “refere-se aos modos de vida dos membros de uma sociedade, ou de grupos pertencentes a essa sociedade; inclui o modo como se vestem, as suas formas de casamento, família, os seus padrões de trabalho, cerimónias religiosas e actividades d lazer”.
Sem cultura, não nos poderíamos considerar “humanos”, pois não teríamos linguagem para nos expressarmos, nem nenhum sentido de autoconsciência e a nossa capacidade cognitiva de pensar e raciocinar seria limitada. Assim, a cultura é uma parte importante daquilo que nos torna humanos.

O conceito de cultura vai, muitas vezes, ao encontro do conceito de identidade – mais ainda, este trabalho vai incidir sobre as questões que podem (ou não) remeter para o conceito de identidade cultural. No campo das ciências sociais, o conceito de identidade cultural caracteriza-se pela sua polissemia e o seu carácter fluido. É nos Estados Unidos que a ideia de identidade cultural é conceptualizada.
A construção da identidade faz-se no interior de quadros sociais que determinam a posição dos agentes e, por isso mesmo, orientam as suas representações e escolhas. A construção identitária não é uma ilusão porque é dotada de eficácia social e produz, assim, efeitos sociais reais.

Não existe uma identidade em si, nem sequer para si, pelo que essa é sempre uma relação com o outro. A identidade é um compromisso, ou poderíamos dizer que uma negociação, entre uma “auto-identidade”, definida por si próprio, e uma “hetero-identidade” ou “exo-identidade” definida pelos outros.

Relativamente ao conceito de etnia, segundo o Dicionário das Ciências Humanas, na tradição antropológica, este termo designa um grupo humano estável na história e no tempo, que partilha origens e tradições comuns, a mesma língua, a mesma cultura e por vezes os mesmos traços morfológicos.
Para Anthony Giddens, “etnicidade”, é um conceito puramente social. Entende-se pelas práticas culturais e os modos de entender o mundo que distinguem uma comunidade das restantes. Não existe nada de inato na etnicidade, é um fenómeno unicamente social; é um elemento central da identidade do indivíduo e do grupo. Pode ser uma linha de continuidade com o passado e é mantida viva através de tradições culturais.

Diferentemente de etnia, o conceito de raça, segundo Anthony Giddens, é bastante complexo, devido à contradição entre o seu uso quotidiano e a sua base científica (ou a sua ausência).
Albert Memmi em “O racismo”, afirma que existe um racista em sentido restrito – aquele que se refere a diferenças biológicas (como a cor da pele, forma do nariz, dimensões do crânio) entre ele e o outro, aproveitando para diminuir esse outro e tirar dai vantagens; e um racismo em sentido lato – em que o acusador, negligenciando ou não as diferenças biológicas se compraz na mesma atitude em nome de outras diferenças. Concluindo, “o racismo é a valorização generalizada e definitiva, de diferenças reais ou imaginárias em proveito do acusador e em detrimento da vítima, afim de justificar uma agressão ou um privilégio”.

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